Sadam Hussein condenado à morte

Depois de treze meses de julgamento, o Supremo Tribunal iraquiano condenou à morte por enforcamento Sadam Hussein, acusado de cometer “crimes contra a humanidade”.
Com início ás 11:25 (hora local) no passado Domingo, em Bagdad, para além de Sadam, foram julgados sete dos seus colaboradores. Dois, um deles meio-irmão do ex-líder iraquiano, foram condenados de igual forma a pena de morte por enforcamento, variando as penas dos restantes entre os 15 anos de cadeia e prisão perpétua.
Sadam e os respectivos colaboradores foram então julgados pelo crime de massacre a 148 civis xiitas da localidade de Doujail por estarem envolvidos num atentado falhado contra o antigo presidente em 1982.
Até ao conhecimento da sentença, o governo decretou recolher obrigatório na capital e em mais duas províncias, colocou o exército em estado de alerta e fechou o aeroporto internacional. Segundo Bass am Ridha, conselheiro do Primeiro-Ministro iraquiano, o objectivo principal desta acção seria garantir a segurança do povo iraquiano que a qualquer momento poderia ser perturbada pelos partidários de Sadam.
A revelação da sentença do ditador levou à rua centenas de xiitas em várias cidades iraquianas, que agora assinalam um novo marco. Al Hakim, líder do principal bloco xiita no governo iraquiano, aproveita o momento de vitória e apela à união para a construção de um presente e de um futuro.

Fonte: Agência Lusa