domingo, março 25, 2007

Governo Português entregou cinco toneladas de medicamentos aos feridos de Maputo



O Governo português entregou hoje às autoridades moçambicanas cinco toneladas de medicamentos e outro material médico, com vista a ajudar os mais de 450 feridos resultantes da explosão de quinta-feira do paiol militar de Maputo, o principal do país.
A oferta foi entregue esta manhã no aeroporto internacional de Maputo pelo embaixador português em Moçambique, José Freitas Ferraz, à directora da Central de Medicamentos do Ministério da Saúde moçambicano, Noémia Muíssa.
Analgésicos, pensos específicos para queimaduras e embalagens de soro são alguns dos materiais presentes na carga de cinco toneladas que chegou à capital moçambicana em tempo recorde (cerca de 11 horas de voo separam Lisboa de Maputo).
Após a entrega dos fármacos, o embaixador português disse à Lusa que esta trata-se apenas da “primeira parte da ajuda de emergência decidida pelo Governo para acudir a esta tragédia humana. Há mais de 400 feridos, muitos deles ficaram com queimaduras graves”.
Segundo o Público, Portugal é dos primeiros países, senão o primeiro, a oferecer assistência concreta a Moçambique na sequência da tragédia de quinta-feira passada.
Em carta endereçada ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza, o primeiro-ministro português, José Sócrates, manifestou a disponibilidade do Executivo português para apoiar os sobreviventes da tragédia provocada pelas explosões no paiol de Maputo.
Na sequência das explosões, as centenas de projécteis pesados de artilharia disparados em todas as direcções, ao longo de várias horas, a partir desse edifício militar de Maputo, fizeram pelo menos cem mortos e mais de 450 feridos.
O balanço das vítimas poderá, no entanto, ser superior já que muitos feridos internados nos três principais hospitais de Maputo encontram-se ainda em estado grave e porque muitos corpos ainda não foram resgatados.
Cerca de 200 pessoas ficaram em situação de desemprego técnico devido à destruição das empresas e lojas em que trabalhavam.
Segundo um elemento do Governo, a explosão pode ter-se devido às elevadas temperaturas que se fazem sentir neste momento na capital moçambicana.
Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional pela tragédia.

Legenda da Imagem: Explosão do paiol de Maputo (imagem retirada da edição online do Diário de Notícias)